quinta-feira, 16 de junho de 2016

CINCO REGRAS DE OURO PARA O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO



Muito tem se discutido sobre a adoção de tecnologia em sala de aula. Seria uma distração ou realmente ajuda professores e alunos em sua jornada de aprendizagem? Ainda não parece haver um consenso sobre o tema, mas acredito que o debate sobre benefícios e desvantagens no uso dessas novas ferramentas educacionais é sempre benéfico.
No entanto, as discussões tendem a focar na tecnologia em si, e não no que ela pode fazer, ou qual seu objetivo final. Nesse ponto, concordo que ferramentas tecnológicas que não são utilizadas, na melhor das hipóteses são um desperdício de dinheiro. Na pior delas, podem ser mesmo uma distração e até prejudicial para alunos e professores.
Uma pesquisa recente do LMS Canvas com 182 professores australianos revelou que 80% concordam que a tecnologia facilita seu trabalho e poupa cerca de três horas por semana na correção de trabalhos e no planejamento das aulas. O problema então não é a tecnologia, mas como utilizá-la. A tecnologia adequada utilizada para as finalidades certas acaba sendo a melhor aquisição que uma instituição de ensino pode fazer.
Para garantir esse sucesso, existem algumas regras de ouro que tornam a tecnologia uma ferramenta genuinamente inovadora no sentido de aumentar o envolvimento dos alunos e auxiliar os professores:
1. Priorize os desafios que deseja superar
Antes de adquirir qualquer solução, as escolas precisam identificar os problemas que desejam resolver por meio da tecnologia.
Aumentar o envolvimento dos alunos e, ao mesmo tempo, aliviar o fardo dos professores é um equilíbrio difícil de atingir, particularmente no ensino fundamental. Escolher uma tecnologia que acelere o processo de correção de trabalhos ou ajude a criar relatórios sobre a jornada de aprendizagem dos alunos é uma maneira de utilizar a tecnologia a favor do ensino.
Se o desafio for manter os alunos interessados nas aulas, então procure algo que entregue o conteúdo de forma atraente. Pode ser através de vídeo, conversas em tempo real ou mesmo jogos. Se não estiver claro quais dificuldades deseja superar com a tecnologia, então talvez ainda não seja o momento certo para um investimento.
2. Trabalhe de baixo para cima
Quando a tecnologia adquirida pela escola não é utilizada em todo o seu potencial, geralmente é porque o sistema ou os dispositivos foram escolhidos pelos gestores ou por líderes acadêmicos que não são os usuários no dia a dia da sala de aula. A aquisição de novas tecnologias para a escola deve envolver os professores durante a definição das necessidades e também na tomada de decisão. A visão deles sobre o que se passa na sala de aula é crucial, e o seu envolvimento no processo torna muito mais fácil a adesão à tecnologia escolhida.
Caso alguns professores mostrem resistência às mudanças que a tecnologia irá trazer para a sala de aula, as escolas podem criar grupos de discussão e feedback para que se sintam envolvidos nesse processo. Em muitos casos, os professores acabam se tornando defensores fervorosos dos benefícios perante outros funcionários e alunos.
3. Promova a integração dos pais
Os pais podem ficar apreensivos quando se trata da adoção de uma nova tecnologia para seus filhos. Há receio a respeito de privacidade, distração ou falta de sociabilidade com outras crianças. A promoção do debate entre escola e responsáveis faz parte do processo de esclarecimento. Plataformas de aprendizagem on-line podem aproximar filhos e pais, pois permitem aos responsáveis ter um papel mais ativo na educação das crianças e adolescentes. Envolver os responsáveis no início da decisão de compra da tecnologia escolar vai garantir que eles apoiem e defendam o programa mais tarde.
4. Explore as possibilidades da educação aberta
O conceito de educação aberta continuará avançando, especialmente no Brasil, onde a população de estudantes se espalha para além dos centros urbanos até áreas rurais remotas. Plataformas de educação aberta trazem educação de forma remota, através da tecnologia, e podem se tornar a porta de entrada para toda a riqueza de conteúdo que está sendo criado e compartilhado em todo o mundo, dando às escolas menos favorecidas a oportunidade de acessar novos recursos de qualidade.
Esta abordagem, alimentada pela tecnologia on-line, pode mudar totalmente a experiência de aprendizagem, e para melhor. Mas, para tirar o máximo proveito desse conceito, as escolas e professores devem estar preparados para adotar uma forma diferente de ensinar e aprender.
5. A avaliação constante vai eliminar o desperdício
Muitas vezes as escolas não fazem uma avaliação contínua sobre o retorno dos investimentos, o que pode levar a uma crença de que a tecnologia é um desperdício de dinheiro. Identificar onde os equipamentos estão sendo subutilizados ou ignorados é vital. As escolas precisam avaliar suas decisões de compra de forma consistente, fixando objetivos e indicadores de desempenho para se certificarem de que suas metas estão sendo alcançadas desde o início.
Seguindo essas orientações, as escolas poderão garantir que a aquisição de tecnologia será um sucesso para todos os envolvidos.

Lars Janér é diretor para a América Latina da Instructure - empresa de tecnologia de software na nuvem para ensino e aprendizagem - http://www.administradores.com.br/noticias/tecnologia/cinco-regras-de-ouro-para-o-uso-de-tecnologia-na-educacao/111280/

Um comentário:

Evonete disse...

ACHEI INTERESSANTE COMPARTILHA ESTE lINK.... Marília Gabriela entrevista Leandro Karnal - "Os intelectuais sempre foram aristocratas" https://www.youtube.com/watch?v=x-LWfdikS-I